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domingo, 30 de novembro de 2008

Copa Renault Clio: Desclassificação de Vitte dá a Cardoso o vice-campeonato


Equipe W Racing recorreu da decisão e resultado da última prova da temporada está sub-judice.
Paulista foi punido por toques em Rodolfo Pousa e no próprio Wagner Cardoso


O paulista José Vitte chegou a subir no pódio, participou da entrevista coletiva após a última etapa da temporada e, principalmente, a comemorou o vice-campeonato da Copa Renault Clio neste domingo (30), em Interlagos. Mas a alegria do piloto da W Racing – equipe que também conquistou o título de pilotos com José Cordova –, durou pouco.

Minutos depois das solenidades que seguiram a bandeira quadriculada, Vitte foi chamado ao terceiro andar da torre de cronometragem para dar explicações aos comissários sobre dois incidentes ocorridos durante a prova – um registrado pouco depois da largada, com Rodolfo Pousa, e outro a poucas voltas do final, com Wagner Cardoso.

Os comissários atenderam à reclamação dos competidores que se sentiram prejudicados nos incidentes, e terminaram por punir Vitte duplamente. Ele recebeu um acréscimo de 20 segundos em seu tempo total de prova pela manobra contra Pousa. A mesma punição seria aplicada pelo toque em Cardoso, mas como se tratava de caso de reincidência de uma irregularidade na mesma corrida os comissários da Confederação Brasileira de Automobilismo decidiram pela desclassificação.

Com isso, o resultado final do campeonato também sofreu alteração, já que o paulista havia conquistado o vice-campeonato ao receber a bandeirada final da corrida deste domingo na quarta colocação. A equipe W Racing, no entanto, já formalizou uma intenção de recurso contra a decisão dos comissários, o que deixa o campeonato sub-judice. A equipe tem até quarta-feira para entrar com a versão definitiva do recurso.

“Vamos entrar com recurso propriamente dito no decorrer da semana, e brigar por esse vice”, disse Vitte. “Na minha opinião, não houve nenhum erro nas duas manobras que estão sendo questionadas. Na primeira delas, fiz a primeira perna do Esse do Senna por fora, e naturalmente tinha a preferência na segunda. Já no toque com o Wagner Cardoso, freei na sujeira no fim da reta, o carro saiu de traseira, e acabei tocando no Clio do Cardoso. Não houve a intenção. Se houvesse, eu o teria bloqueado de outras maneiras”, defendeu-se.

Pela posição de Vitte e de Wagner Cardoso no campeonato – os dois partiram para a decisão separados por apenas quatro pontos –, e dada a proximidade entre eles na corrida, só mesmo um toque ou um problema com Cardoso poderia tirar-lhe o vice-campeonato. E, na opinião do piloto da Officer Motorsport, foi isso que motivou a batida que recebeu do concorrente da W Racing.

“Reclamei da manobra porque me senti prejudicado nessa corrida. Tive pelo menos seis chances de tocar no Vitte durante a prova, mas recolhi o carro porque acho que bater no adversário não é a melhor maneira de se ganhar nada”, disse Cardoso. “Evitei muitas vezes tirá-lo da corrida, mas na primeira oportunidade que ele teve, bateu no meu carro. Sou três vezes vice-campeão da Copa Clio e sei que isso traz grande satisfação pessoal, mas não podemos esquecer que este é um esporte que pode machucar. Por isso, todo competidor deve zelar pela integridade física dos demais pilotos”, acrescentou Cardoso.

Com a mudança no resultado da etapa deste domingo, Wagner Cardoso passou a somar 102 pontos no campeonato, contra 99 de Edu Garcia, que subiu para o terceiro lugar. Rodolfo Pousa terminou o ano em quarto, com 97 pontos, enquanto Vitte caiu para quinto, com 95. A classificação completa do campeonato após a corrida deste fim de semana em São Paulo ficou assim:



1) José Cordova (PR), 248

2) Wagner Cardoso (PR), 102

3) Eduardo Garcia (DF), 99

4) Rodolfo Pousa (SP), 97

5) José Vitte (SP), 91

6) Carlos Rocha (DF), 87

7) Luiz Frediani (SP), 63

8) Marcos Paioli (SP), 41

9) Edson do Valle (GO), 33

10) Rolf Gemperli (SP), 31

11) Luciano Kubrusly (SP), 29

12) Willians Farias (SP), 17

13) André Bragantini Jr (PR), 10

14) Cesare Marrucci (SP), 9

15) Peter Gottschalk (SP), 6

16) Robson Vieira (PE), 5

17) Ydenis de Souza (SP), 3

18) Luciano Lobão (DF), 2

19) Luciano Silva (DF), 2

20) Zigomar Junior (SP), 1

21) Ulisses da Silva (RJ), 1

22) Zizi Paioli (SP), 1

23) Roberto Santos (SP), 1

24) Rodrigo da Rocha (SP), 1



Mais informações:

Rodolpho Siqueira e Caio Moraes
Texto: Rafael Durante
Foto: Fernanda Freixosa
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